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Quando ir: o ano todo. O ideal é evitar períodos de férias e feriados se não quiser encontrar tudo cheio. O clima na chapada não é aquele mesmo calorzão do litoral da Bahia, lá faz frio também, mesmo no verão. De novembro a março chove mais, o que significa trilhas cheias de lama, mas cachoeiras lindas com bastante água, eu acho que vale a pena!

Quantos dias ficar: pelo menos uns 3 dias para conhecer os atrativos principais e vivenciar o clima do vale. Mas vale ficar bem mais, tem passeios pra pelo menos uma semana.


Como chegar: da rodoviária de Salvador saem ônibus direto para a Chapada Diamantina. Pra quem chega na capital de avião, o metrô liga o aeroporto até a rodoviária. É importante comprar com antecedência a passagem da empresa Real Expresso com destino a Palmeiras, a viagem dura cerca de 7 horas e pode ser mais cômodo ir durante a noite. Em Palmeiras algumas vans esperam a chegada dos ônibus e fazem o transporte dos viajantes por estrada de terra por mais uns 40 minutos até o Vale do Capão.


O que fazer: a trilha da Cachoeira da Fumaça é indispensável! Não deixe de visitar também as cachoeiras das Rodas e do Rio Preto, e a feira de domingo. Além da travessia do Vale do Pati.


Onde ficar: as principais opções de hospedagem estão na vila mesmo, ao redor da rua principal, a Rua do Folga. Pra quem procura mais sossego e contato com a natureza há também opções mais afastadas, cercadas de mato e ruas sem iluminação.

Transporte: a vila é pequena e pode ser percorrida tranquilamente a pé. Há opções de cachoeira para visitar andando, e outras mais distantes que necessitam de transporte. Para quem vai sem carro há sempre a opção de pedir carona e tem também serviços de táxi e moto táxi, a preços altos. No Capão há um pequeno negócio de aluguel de carros e alguns guias e agências oferecem serviços de passeios com transporte.


Alimentação: o Vale do Capão tem uma grande diversidade de restaurantes, com muitas opções vegetarianas e veganas. Um ingrediente clássico lá é a jaca, utilizada em preparações salgadas, vale experimentar, o palmito de jaca é uma delícia. É importante se atentar aos dias e horários de funcionamento, pois fora de temporada é comum encontrar a maioria dos estabelecimentos fechados. Tem boas opções de mercado e aos domingos de manhã todo mundo se reúne na feira da vila, onde se vende alimentos prontos também.


Comunicação: em todo o vale não há sinal de celular nem internet, mas a maioria dos estabelecimentos tem wifi.


O Vale do Capão é um dos lugares mais encantados que eu já conheci. De natureza exuberante, cercado de morros com formatos característicos, cheio de cachoeiras e de cultura vibrante. Passar uns dias na rotina pacata de quem vive sem sinal, vendo estrelas e nadando nas águas geladas é uma experiência deliciosa.

A chegada à vila já revela seu clima especial. Um lugar super rústico de ruas calmas, lojinhas de artesanato e comida caseira regional. O cenário impressiona, de todo lugar se pode observar as paredes que formam o vale e a imponência do Morrão. De noite, são poucas as ruas com iluminação e a vila se enche de vagalumes piscando.

Há uma grande diversidade de passeios que se pode fazer dentro do vale, alguns por conta própria e a pé e outros mais distantes e com a necessidade de guia, como Conceição dos Gatos, Águas Claras e Purificação. Sair do vale para passear e voltar para dormir lá não é nada prático. O ideal é passar uns dias curtindo tudo o que o Vale do Capão oferece e depois se hospedar em outra cidade, como Lençóis, para conhecer outras partes da Chapada Diamantina.

Um passeio imperdível na região é a travessia do Vale do Pati. Existem muitas opções diferentes que costumam variar entre 1 e 5 dias, começando e terminando em diferentes cidades, inclusive no Capão. Muitas agências oferecem o pacote completo, com transporte, hospedagem e alimentação, mas também é possível contratar apenas o guia. O Pati é uma área reflorestada entre paredões incríveis, ali moram apenas algumas famílias originárias da região, que oferecem quartos e comida para os trilheiros. Eu fiz a trilha em 5 dias, começando por Guiné e terminando em Andaraí e indico muitíssimo!

Passeios que você consegue fazer a pé e sozinha pelo Vale do Capão:


Cachoeira da Fumaça


Um dos cartões postais da Chapada Diamantina, a Cachoeira da Fumaça é realmente impressionante. A queda d’água altíssima se desfazendo em respingos e fumaça em um enorme vale forma um visual de tirar o fôlego. Dependendo de como a luz do sol bate nos respingos, se formam arco-íris que deixam tudo ainda mais mágico. Chegando lá você vai precisar de muito tempo para contemplar tanta beleza.

Para chegar ao início da trilha é só subir de volta por uns 15 minutos pela estrada que dá acesso ao Vale do Capão e seguir a sinalização. Na entrada há algumas lanchonetes e uma portaria onde é necessário se identificar.

É uma trilha longa e puxada, sem muita sombra. O começo é uma eterna subida por pedras que formam degraus como de uma escada. Conforme vai ficando mais alto, você tem visuais novos da vila e dos morros que a cercam. Ao chegar lá em cima o resto do caminho é praticamente plano, sobre pedras, sem tanta vegetação. Essa parte é um pouco mais difícil de se localizar, pois é tudo muito aberto, as vezes parece que a trilha segue para mais de uma direção, mas geralmente os trechos se reencontram. Nada que te faça se perder.

Chegando ao final, primeiro você encontra as águas que vão formar a cachoeira e ali dá para nadar. Seguindo para a direita ou a esquerda, são duas visões diferentes e que se completam da cascata, não deixe de explorar todo o lugar. Tem alguns pontos onde todo mundo fica para tirar foto, mas são muitas opções com perspectivas diferentes.

A volta também é puxada. É tanta descida que acaba forçando bastante os joelhos. É um passeio para um dia inteiro. Quanto mais cedo começar, menos desgastante vai estar o sol.


Rio Preto e Rodas


Essa trilha é bem mais curtinha e próxima, pode ser feita em meio dia. Saindo da vila, seguir para o lado oposto da estrada de acesso ao vale. É bom se informar com as pessoas por lá, pois não tem sinalização. Mas uma vez no caminho, é só ir seguindo a trilha, delimitada pela bela mata fechada.

As cachoeiras do Rio Preto e Rodas são dois lugares diferentes, mas como ficam perto, o ideal é juntar tudo em uma caminhada só. O caminho para Rodas vai seguindo o rio e são várias pequenas quedas d’água, muito gostosas para se molhar ou apenas contemplar e tomar um sol. A cachoeira do Rio Preto é maior e forma uma grande piscina, ótima para nadar.

Riachinho


Eu não sei o porquê desse nome, o riachinho na verdade é uma forte cachoeira. Esse passeio não tem trilha, o lugar é na beira da estrada que dá acesso ao Vale. É necessário pagar para entrar.

Dá para chegar lá com algum transporte ou carona, mas também dá para ir andando, não é tão longe e a estrada é um caminho agradável. É um passeio de meio dia e muita gente gosta de aproveitar para ver o pôr do sol por lá. Mas se for voltar de noite lembre-se de que a estrada não é iluminada.

O Riachinho é ótimo para um bom banho com água super gelada.

Feira


A feira do Capão que acontece aos domingos de manhã é um passeio diferente e super gostoso. Além das vendas normais de frutas e vegetais é possível encontrar por lá produtos típicos da região, comidinhas e artesanato. É um evento bem movimentado, cheio de gente local e turistas.




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