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Quando ir: o ano todo, mas evitar o chuvoso verão.

Quantos dias ficar: 3 a 4.

Como chegar: de avião, ou de ônibus desde qualquer cidade da Bolívia. Os ônibus de viagem do país nem sempre são muito confortáveis ou contam com banheiro, é importante escolher bem para viagens longas.

O que fazer: passear pela cidade, visitar o sítio histórico Tiwanaku, conhecer o Cerro Chacaltaya e o Valle de la luna, descer a estrada da morte de bicicleta.

Onde ficar: na região central. O Hostal Ananay, na simpática calle Jaén, é uma boa opção.

Transporte: há dois terminais de ônibus na cidade. Do principal saem os ônibus para outras cidades. E do Cemitério saem vans e ônibus para vários lugares, como o Sítio histórico Tiwanaku.

Comida: os bolivianos têm sua alimentação baseada em vegetais, é fácil encontrar refeições vegetarianas como sopas de legumes deliciosas.

Dinheiro: leve seus reais e troque por “bolivianos” na calle Sagarnaga. Cartões de crédito dificilmente são aceitos.

Clima: sempre fresco, por volta dos 10°C, podendo chegar a temperaturas negativas no inverno.

Altitude: a cidade de La Paz fica 3640m acima do nível do mar. Tudo fica mais difícil na altitude e tem gente que se sente mal. As folhas de coca ajudam muito na aclimatação, os locais costumam mastiga-la, mas eu acho mais agradável tomar o chá.

A Bolívia é um país surpreendente em todos os sentidos, em uma imersão pelo país nos deparamos com sua riqueza cultural e histórica e com belíssimas paisagens naturais, mas também encontramos muita pobreza, falta de estrutura e desorganização. É preciso viajar com tranquilidade, aberto para enfrentar os imprevistos de maneira positiva, sabendo que as estradas podem estar fechadas pelas chuvas ou por barreiras dos moradores, que os serviços nem sempre são exatamente como te venderam e que você pode ser esquecido por um tour contratado, como aconteceu comigo. La Paz concentra um pouco de tudo o que representa a Bolívia e é um destino imprescindível no país. Além de passear pela cidade, há muito o que conhecer nos seus arredores. Como é tudo bem barato, eu preferi fazer tours do que buscar os destinos de maneira independente, fechando todos com a mesma agência dá para ter ainda mais economia.

La Paz dia a dia

Dia 1 – cidade

Os passeios pela cidade podem ser feitos todos em um dia ou divididos nos horários que sobram do dia da chegada e dos tours. À primeira vista La Paz causa um pouco de estranheza, pois a grande maioria das construções é toda de tijolinhos (assim elas se caracterizam como não terminadas e ficam livres de impostos). A cidade fica no fundo de um vale, rodeada por morros, por onde sobem as construções, e guardada pelo Cerro Chacaltaya.

Comece seu percurso pela praça e igreja San Francisco e siga para a Calle Sagarnaga e o mercado de las brujas, área cheia de lojinhas de artesanato e produtos típicos. Caminhe até a Calle Jaén e depois para a Plaza Murillo, a praça principal da cidade com seus prédios oficiais. Dalí ande até o mirador Killi killi, para apreciar a vista. Então siga para o Estádio Olímpico, onde está uma réplica da maior figura Tiwanaku encontrada. Depois ande pelo Parque Urbano e vá até a bela Plaza Montículo. De lá, pegue o teleférico da linha amarela para ver a cidade de cima e volte em seguida. A área que fica acima dos morros de La Paz é chamada El Alto, não é uma parte muito turística nem segura.

Dia 2 – Ruta de la muerte

Um dos passeios mais clássicos dos mochileiros que vão para a Bolívia é descer a Ruta de la Muerte de bike. É uma aventura incrível por uma estrada cheia de precipícios em meio à natureza e cachoeiras. Como é só descida, a pedalada não exige muito esforço e o perigo do caminho depende da sua velocidade e atenção. Contrate com alguma agência confiável pela rua Sagarnaga, o tour sai bem cedo de La Paz, inclui alimentação, bicicleta e equipamentos e dura o dia todo.

Dia 3 – Tiwanaku

O Sítio histórico Tiwanaku concentra as ruínas de uma grande cidade dessa civilização super desenvolvida que dominou a região antes dos incas, chegando até o Peru, o Chile e a Argentina. No local se encontram templos, portais, casas, monolitos e esculturas diversas de pedra e argila. Muito foi destruído e saqueado, e as escavações e pesquisas ainda estão sendo feitas para desvendar os mistérios desse povo. O tour inclui um guia que explica toda a história. Apesar de ficar longe de La Paz, da para ir com um ônibus que sai do cemitério, quando há gente suficiente. Como meu tour esqueceu de me buscar, acabei indo de ônibus, depois peguei as explicações e voltei com a van.

Dia 4 – Chacaltaya e Valle de la Luna

Esse tour de um dia inclui os dois passeios, que ficam em lados opostos da cidade de La Paz. O Cerro Chacaltaya, que se vê imponente cheio de neve de qualquer lugar, tem o acesso super fácil. Os veículos chegam por uma estradinha sinuosa quase até o topo e a subida que sobra para se fazer a pé é bem curta, só dificultada pela altitude. A vista lá de cima é incrível. Depois, o Valle de la Luna é uma área de formação rochosa bem específica, por onde podemos caminhar como se estivéssemos na superfície lunar.


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