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Quando ir: no verão, a época das chuvas, o salar fica maravilhoso com uma camada de água espelhada que reflete o céu, mas o clima pode atrapalhar e inviabilizar alguns caminhos. A época seca é mais segura e o deserto de sal continua sendo lindo, mas sem o efeito da água.

Quantos dias ficar: os tours tradicionais duram 3 dias, ligando San Pedro de Atacama e Uyuni, ou 4 se você quiser voltar para o mesmo lugar de onde saiu.

Como chegar: você pode pegar um tour estando em San Pedro de Atacama ou em Uyuni. O trajeto é feito todo em carros 4x4.

O que fazer: o passeio tradicional passa por lagoas de diferentes cores, vulcões, cactos, flamingos, desertos e salares. São paisagens inóspitas e incrivelmente diferentes de qualquer outro lugar.

Onde ficar: são duas noites em hotéis bem simples, sendo um deles todo feito de sal. Os quartos são compartilhados entre as pessoas que estão viajando juntas. Só há a possibilidade de tomar banho em uma das noites. É importante levar saco de dormir ou algo a mais para se esquentar durante a noite.

Comida: as refeições são simples, mas ricas. Avisei que era vegana e sempre providenciaram opções para mim. Comemos muito arroz, legumes, sopas, macarrão e chá.

Dinheiro: esse passeio não é caro, considerando que são 3 dias com alimentação e hospedagem. Fica ainda mais barato para quem sai de Uyuni, no sentido contrário da maioria. Reserve diretamente no local de partida. É necessário ter dinheiro boliviano para usar em entradas, banheiros e compras durante a viagem (dá para trocar em San Pedro de Atacama, mas o câmbio é ruim).

Clima: faz bastante frio, principalmente à noite, durante o ano todo, e durante o dia pode esquentar um pouco. No inverno as temperaturas são ainda mais baixas.

Altitude: toda a região do Atacama e do Salar de Uyuni fica bem acima do nível do mar. Algumas pessoas passam mal com a altitude e ficar 3 dias viajando num carro cheio nessas condições pode ser terrível. O ideal é deixar para fazer o tour após estar aclimatado.

O Salar de Uyuni, maior e mais alto deserto de sal do mundo, pode ser visitado por qualquer pessoa de diferentes maneiras, em carros particulares, tours privados ou no clássico passeio de 3 dias preferido dos mochileiros. Esse tour que liga Uyuni e Atacama é incrível, uma imersão total na beleza e cultura do lugar.

Quase todas as agências oferecem passeios iguais, mas os preços podem variar bastante. É bom pesquisar a reputação da empresa antes de contratar e dar uma comparada nos valores. Mas no final acabam misturando um monte de gente com reservas diferentes e nada garante exatamente como será sua experiência. Nos carros cabem 6 passageiros e quem não está viajando em grupo acaba se juntando com outras pessoas aleatórias. Eu tive sorte de ficar com um grupo bem legal, que se divertiu muito.

Os motoristas e guias são bolivianos das cidades locais e conhecem tudo muito bem. Nos hotéis também temos bastante contato com a população local e a oportunidade de conhecer a culinária da região. Em uma das minhas noites, alguns jovens vizinhos do hotel vieram jogar xadrez com os turistas para treinar para uma competição.

Apesar de ligar o Chile e a Bolívia, o passeio é todo pelas terras bolivianas. Assim que saímos de San Pedro de Atacama (para quem vai nesse sentido) passamos na fronteira, que é uma casinha no meio do nada. Brasileiros não precisam de visto e nem devem pagar nenhuma taxa, mas é muito importante levar o comprovante internacional de vacinação da febre amarela.

Já na Bolívia, passamos o primeiro dia cruzando o deserto e passando por lagoas de diferentes cores. A mais impressionante é a Laguna Colorada, de águas vermelhas e cheia de flamingos. Também tivemos uma parada para nadar nas águas termais. De noite estava muito frio e nos reunimos na cozinha do hotel, ao redor do calor do fogão a lenha.

No segundo dia, passamos por mais lagoas e vulcões, além da famosa “arbol de piedra”. Também cruzamos um pequeno salar e fomos dormir no hotel de sal.

O último dia começa cedo, acordamos as 4h da manhã para ir ver o nascer do sol no salar. Fomos até a “isla pescado”, um morro cheio de cactos que parece uma ilha no meio do deserto, e esperamos o dia clarear. Segumos cruzando o Salar de Uyuni, percorrendo imensidões brancas sem nada em volta. No chão, o sal forma crostas em formatos hexagonais. A última parada é em um cemitério de trens abandonados e então chegamos à cidade de Uyuni.

De lá, muita gente segue sua viagem para a Bolívia, ou você pode voltar direto para o Chile, no próprio tour. Há muitas opções de ônibus de Uyuni para La Paz, é importante buscar os mais confortáveis, pois a viagem dura a noite toda.


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